quinta-feira, 21 de outubro de 2010

as dormidas de António fora de casa

Com o passar do tempo as coisas foram ficando ainda piores pois António, encontrava na bebida um refúgio para tantos problemas... Então quase todos os dias era dia... Até que mas das vezes os avós fartarem-se e colocaram António na rua, sem dó nem piedade, foi aí que Carolina, começou a entender na realidade, o que era AMOR. Pois dessa vez que os avós colocaram António na rua, Carolina saiu de casa com a mãe e foram procura-lo, ali nos arredores... então encontraram-no a dormir no Jardim da Praça das Flores... Carolina não cabia em si de tanta lágrima, ao ver o seu querido pai, aquele que fazia de tudo, para que nada lhe faltasse, a dormir num banco de jardim. As lágrimas escorriam-lhe por o rosto e desatou a correr para ao pé do pai... Carolina percebeu nessa altura do que se tratava a palavra Amor. Tinha um nó na garganta mas não podia demonstrar ao seu pai que estava triste, para não o desanimar ainda mais. A mãe de Carolina estava desolada pois não queria que a filha tivesse visto aquela imagem do pai, mas por fim acabaram as duas por se abraçarem uma à outra a chorarem compulsivamente.

Como não tinha para onde ir António ficou ainda alguns dias a dormir naquele banco de jardim e a tomar banho no lago que ali havia. António não queria que a filha o fosse ver, mas não conseguia ficar longe dela. Até que Carolina decidiu pedir aos avós novamente para os aceitar em casa deles, pois já não aguentava mais ver o pai a dormir num banco de jardim e a tomar banho num lago, os avós aceitaram ao pedido da menina... Mas António sentia-se revoltado por depender sempre daquelas pessoas que tanto mal lhe faziam... então voltava a colocar-se novamente na bebida.

Desta vez que os avós o colocaram na rua, foi morar para uma padaria onde ele trabalhava na altura, na Rua do Século, passaram lá um Natal e Carolina levou um postal de Natal com uma Arvore de Natal, e foi essa a árvore de Natal desse ano... sem prendas, mas havia uma coisa nesta familia, AMOR

NADA OS ABALAVA!

Mais uma vez voltaram para casa dos avós, mas parece que aquele Natal ali passado, naquela padaria sem nada e sem prendas fez com que António pensa-se de uma outra forma, para levar a vida em frente.

Decidiram logo ter outro filho, para Carolina não foi lá muito boa a ideia, visto que já tinha passado 8 anos sozinha e com muito amor de ambas as partes, mas tentou levar as coisas e pensar de forma positiva.

Capitulo IV

Na realidade nunca conseguiam sair da mesma rotina, e não conseguiam a tal esperada estabilidade... Depois de terem saído da Casa do Alto da Serafina regressaram novamente a casa dos avós de Carolina, mas desta vez pior... Tudo o que tinham tinha sido roubado por um drogado que lá vivia também na casa.

Voltaram sem nada nem roupas sequer tinha sido tudo roubado.

Mais uma vez os avós de Carolina acolheram-nos todos em casa. Mas voltaram á estaca zero sem nada e com muitos conflitos e sem privacidade nenhuma, pois a casa era pequena demais.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Capitulo III

Depois de várias tentavas para tentar encontrar a tal ESTABILIDADE nunca conseguida foram acolhidos por avós. Mais uma vez tentaram sair de casa dos avós para irem para uma parte de casa desta vez no Alto da Serafina... POr uma parte de casa pagavam na altura 45 mil escudos. Decidiram então ficar por lá, era uma casa bastante grande com lareira, garagem, jardim e até tinha animais. (coelhos, galinhas...)

Passaram lá um Natal cheios de frio, mas lindo à volta da lareira e com poucos presentes pois não havia dinheiro para mais. Mas Carolina percebia perfeitamente isso, mas de qualquer das formas parecia uma criançã infeliz... parece que lhe faltava qualquer coisa.

Fizeram as mudanças para a casa nova e levaram tudo da casa dos avós parecia mesmo serio...

Não sei ao certo quanto tempo lá passarm mas ao fim de algum tempo começavam a dar por falta de alguns objectos de uso pessoal... Foi quando António se passou e foi ter com o dono da casa a perguntar o que se passava. Foi então que o dono da casa lhe disse que tinha um filho toxicodependente... então António tirou logo as suas dúvidas... Pronto era ele que andava a roubar as pequenas coisas deles. Quer dizer pouco tinham e mesmo assim foram roubados. Passou-se mais uns dias e foram-se embora novamente para casa da avó, quando voltaram à Serafina para ir buscar o resto das coisas já não havia nada para contar história.

Ficaram sem nada!

Enfim palavras para que?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

É verdade!

"A pior das prisões é um coração fechado"

É verdade ou não?

"Se amas o que fazes, então serás bem sucedido"

Reflete...

"É preciso muito pouco para tornar a vida feliz"

Dá que pensar...

" A verdade nunca é injusta, pode magoar mas não deixa ferida"

´Dá que pensar...

"ri e o mundo ri contigo, chora e chorarás sozinho"

Dá que pensar...

"Se não conseguimos encontrar contentamento em nós próprios, é inútil procura-lo noutro sítio"

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Recordações - desenhos animados

Quem não se lembra destes desenhos animados? Tão inocentes tão educativos, podiamos deixar as crianças a ver sem preocupações nenhumas pois eram desenhos animados didacticos e que entretiam muito as crianças, além de lhes ensinarem os prinicipais valores... Recordem pois recordar é viver...

Eu inclusivé adorava ver todos esses desenhos animados, também gostava muito de uns que era a "A Ana dos cabelos ruivos" mas por motivos tecnivcos não consegui colocar aqui para recordarem... A Rua Sésamo entretia muito as crianças com as suas divertidas músicas, muitas das quais ensinavam a ler, a contar, a saber as cores... tinha outras partes que incentivava a ajudar os outros... eram muito bons... havia também as revistinhas que saíam todos os meses que tinha muitos jogos, actividades, receitas e histórias. Eu tinha todas...

TURMA DA MONICA

URSINHOS CARINHOSOS

MORANGUINHO

AS AVENTURAS DO DARTACÃO

AS AVENTURAS DO BOCAS

FABULAS DA FLORESTA ENCANTADA

PANDA TAO TAO

OS SMURFES

OA AMIGOS DO GASPAR

RUA SÉSAMO

OS MARRETAS

Capitulo II

Depois de vezes sem conta os avós de Carolina deixarem o pai ir novamente viver com eles, houve ainda vezes, muitas vezes que tentaram recomeçar a vida longe da casa dos avós, mas sem sucesso. O António trabalhava muito e Maria também trabalhava o dia todo numa Fábrica de malas na Rua dos Fanqueiros, chegava ao fim do dia exausta e o dinheiro não chegava a todo o lado. Mas Maria e António tentavam dar sempre tudo do bom e do melhor à sua única filha, Carolina, apesar dos problemas financeiros.

António fascinava-se em comprar bonecas à Carolina daquelas que riam e choravam... até pagava a prestações se fosse preciso, mas a sua filha tinha de ter aquelas bonecas que tinham saído à relativamente pouco tempo.

Foi então que decidiram optar por alugar uma parte de casa para puderem de alguma forma arranjar a tal ESTABILIDADE que tanto queriam, foi então que encontraram essa dita parte de casa na Rua Poço dos Negros. mesmo perto da casa da avó, mas as coisas também não foram muito bem sucedidas. Pois a parte de casa que algugaram ao Sr. Manel de ínicio até foi bom mas depois, o senhorio que também lá vivia, levava para lá homens para ter relações sexuais com eles. Num dia Carolina ía a passar para o w.c. quando vui essa cena, e claro como todas as crianças ficou muito fragilizada e fugiu para uma dispensa de vão de escadas a chorar. O pai como era todo impulsivo passou-se e começou a bater no Sr. Manel, foi aí que viemos embora da dita parte de casa, e novamente para casa dos avós que já estavam de braços abertos para nos receber novamente Serra onde tinha campo de futebol e animais de grande porte como ovelhas, carneiros... Era realmente uma casa linda e nova... Acho que essa altura foi a época mais feliz da vida de todos, pois como António tinha nascido na aldeia, identificava-se muito com aquela casa, e de facto na altura em que estiveram lá, não houve discussões nem nada que se parecesse-se. Passaram lá um Natal o pai a cozinhar, sim porque o pai de Carolina cozinhava lindamente, até porque já tinha trabalhado como cozinheiro em vários restaurantes em Santa Apolónia.

Mas como não há bela sem senão... o filho do dono da casa por vezes ía lá para ver a casa e para ficar um dia ou dois no máximo... e foi então que num dia desses encontraram o senhor a drogar-se mesmo ali diante dos olhos de todos. António estava bem calmo e nem zaragatiou, pegou em tudo o que tinha, também era pouca coisa e foram-se embora dali, mas quando se estavam para vir embora com a pouca coisa qque tinham ainda descobriram que tinham-lhes roubado uma serie de loiça que tinham guardado dentro de caixas na garagem, deduzui-se que tinha sido o filho do senhorio a roubar para vender e comprar droga, enfim... outra vez para casa dos avós que novamente estavam prontos para os receber.
Carolina nasceu a 1 de Dezembro de 1982 num seio familiar um pouco estranho se é que se pode chamar assim... Os avós maternos viviam na mesma casa, o pai e a mãe trabalhavam durante o dia enquanto Carolina ficava com o avô pois a avó também trabalhava... Depois de se despedir dos pais logo de manha dirigia-se para a cama dos avós onde ia ficar até à hora do almoço, que era sempre ao meio dia em ponto, Carolina teve uma infância muito rigida por causa dos avós serem totalmente Salazaristas, tinham horarios para tudo e a educação à mesa, no vestir, no comer, no andar... era realmente muito exigente para uma criança tão pequena. Carolina foi desde os 3 meses criada por o avô... pois sua mãe optou por não deixa-la em creches e ou infantarios... Desde muito cedo foi habituada a um estilo de vida que nem todas as crianças o tinham... depois de almoço iam para o jardim onde Carolina poderia conhecer outro mundo que não o seu, o mundo das outras crianças.. Sempre isolada de tudo não sabia o que era mau do que era bom, não sabia o que era mentir nem tão pouco o que era ser “diferente” das outras crianças... Pois Carolina tinha nascido com um grave problema de visão era alta miupe tinha cerca de 23 dioptrias em cada olho que lhe foi detectado quando começou a andar pois não via as coisas e ía de encontro a elas... Foi crescendo apesar desse problema mas sintia que era gozada pelas outras crianças que a chamavam “caixa de óculos” sem perceber o porque de a tratarem assim começou a deixar de intervir com as outras crianças pois era motivo de gozo para todas...

Os pais quando as crianças têm certos e determinados problemas de sáude que por vezes os limitam de certas e determinadas coisas teem de conviver mais com eles e até fazer ver que as coisas não são assim tão más e que também há muitas crianças no mundo que teem problemas ainda mais graves do que os do próprio. Esse foi o mal desta familia deixaram esta criançar crescer sem acompanhamento psicoógico nunca lhe explicaram o porquê. Porque teria de ser assim, porque a gozavam, dizer-lhe que não era só ela que tinha problemas mas que havia muitas mais crianças assim infelizmente... Atenção a este factor de Diferença ou desigualdade ou até mesmo perconceito

Então começou a dar-se mais com os adultos, que em certas ocasiões também se aproveitavam dela. Mas como era uma criança inocente nunca via maldade em nada, foi então que nessas tardes no jardim das Cortes ou Salazar como é chamado nos dias de hoje, que conheceu o Balbino, um velhote que simpatizou com Carolina e até conversavam muito. Numa dessas tardes Carolina começou a contar como era a sua vida, até que falou também da sua recusa em relação às outras crianças. Foi então que o Balbino começou-lhe a dar moedas de 0.50€ e ela ficava toda contente pois dava para comprar um geladinho ou comer umas guloseimas coisas que o avô não permitia porque dizia que fazia mal aos dentes... Sendo assim Carolina ía sempre encontrar-se com o Balbino que deveria ter cerca de 70 anos foi então que lhe começou a dizer que só lhe voltaria a dar moedas de 0.50€ quando ela fizesse xixi atrás do banco onde ele estava sempre sentado. Assim foi, Carolina começou a fazer o que lhe dissera em troca de uma moeda de 0.50€ mal ela sabia o que estava na mente daquele homen nojento... mas contudo ela não contava a ninguem pois tinha receio de que o Balbino não lhe desse mais moedas para as guloseimas... Entretanto passou-se algum tempo até que o Balbino deixou de aparecer no jardim, depois veio-se a saber que ele tinha morrido de enfarte... Carolina chorou muito e até disse ao avô que tinha perdido um grande amigo, mas continou sempre em segredo em relação ao resto. Ficou triste pois assim já não tinha dinheiro para comprar guloseimas...

Isto só para alertar que por vezes a educação rigida não favorece as crianças pois nunca estarão à vontade para falar de certas problemas como este. Porque por acaso o Balbino morreu mas se não tivesse morrido se calhar a situação poderia ter sido muito pior, como vêmos nos dias de hoje... Casos de Pedofilia. Neste caso a Carolina tinha medo de dizer alguma coisa aos pais porque tinha receio que o Balbino não lhe desse mais dinheiro para as guloseimas que ela tanto queria e que os pais e os avós não davam... Por vezes pais temos de abdicar de certas regras e deixar as crianças viverem a sua infância uns docinhos de vez em quando também não faz asim tão mal... Pensem nisso quando forem a proibir esse tipo de coisas às vossas crianças...

Entretanto Carolina foi crecendo dentro deste seio familiar tão complexo, como os pais tinham vários conflitos com os avós e andavam sempre a chatear-se, numa certa altura a mãe de Carolina, Maria, decidiu que ela tinha de ir para a infantario. Foi então para um infantario ao pé do seu trabalho, na Praça da Figueira. De inicio a Carolina sentiu-se bem mal porque tinha deixado de estar com o avô de quem gostava tanto, e apesar disso estava com crianças rebeldes e que a excluiam do seu núcleo só por ser deficiente visual... Diziam coisas do género: Não podes brincar connosco porque tens óculos.. não podes brincar com a gente porque se não partem-se os teus óculos.... e Carolina recolhia-se num canto triste e chorava... As educadoras eram tão rudes que ainda a obrigavam a brincar com as outras crianças mesmo vendo que estava a ser totalmente excluída dos grupos. Quando chegava a hora da refeição era sempre um martírio, isto porque Carolina não gostava de varias comidas... Então obrigavam-na a comer, era capaz de ficar todo o dia a mesa com o arroz no prato para comer... frio, sozinha e trancada na sala de refeições. Quando chegava a hora do lanche era a mesma coisa só que lhe davam a comida à boca, obrigavam-na a comer tanto que quando acabava, vomitava tudo, ficava muito mal disposta e chorava muito.

Maria, a mãe de Carolina pensava que estava a deixar a sua filha num nucleo bom e confiante, afinal pagava imenso de mensalidade só para ter ali a sua menina... Embora a criança se queixa-se sempre quando chegava a casa, a mãe pensava que era só uma questão de adptação, que depois passaria. Mas tal não aconteceu... de tanto obrigarem a menina a comer, sofreu uma gastroentrite, do qual poderia ter resultado a sua morte, se não fosse tratada a tempo. Isto só para alertar que as crianças são as criaturas mais sinceras que podem existir, tudo o que elas pensam elas dizem.
Maria sentiu-se mal em ter deixado a Carolina naquele infantario até que decidiu que a iria deixar outra vez com o avô.

As crianças são mais bem tratadas por pessoas da familia do que por estranhos... Nunca se esqueçam disso... As educadoras não lhes são nada e à familia é. Também não quero dizer com isto que todos os infantarios são como este pelo contrário penso que devam ezistir infantarios bons, mas isto só para vos alertar pais, a todos os sinais que a criança dá e até mesmo as suas conversas sobre o seu dia. Confie no seu filho... Factor Confiança

No fundo esta criança não era feliz... Vivia num seio muito rígido, os pais trabalhavam muito, não tinha irmãos, tinha dificuldades em ver, era rejeitada por as outras crianças, e como se não bastasse seu pai, António era alcoolico. Devido as circunstâncias da vida por não terem casa própria e terem algumas dificuldades financeiras, António refugiava-se na bebida... Quase todos os dias vinha bêbado e Carolina quando o via assim escondia-se debaixo da cama dos avós.... Tinha medo, não porque o pai lhe bate-se, porque não batia, mas destruia tudo, chamava nomes e ainda queria bater nos avós...
António era uma pessoa bastante meiga e docil, só que quando bebia era um desastre... Metia-se em zaragatas sem mais nem menos, era muito complicado até porque era epilectrico.
Vezes e vezes sem conta os avós punham o António na rua…
Era então que Carolina por vezes quando passava num jardim perto de casa… via o seu pai deitado num banco de jardim como se de um mendigo se trata-se. Carolina chorava muito e agarrava-se ao pai a perguntar porque é que ele estava ali… sem perceber na maior parte das vezes o motivo das discussões, Carolina entendia que não era razão para ver o seu paizinho naquele estado lastimável… Depois ela pedia aos avós para que deixassem o pai voltar e os avós eram compreensivos e deixavam só que voltava tudo ao mesmo, até ao ponto de ir ver o seu pai numa noite de Natal a uma padaria que lhe dava guarida em troca de trabalho, na Rua do Século. Nesse mesmo Natal ninguém teve prendas e Carolina sentia-se triste e por isso fez um desenho com uma arvore de Natal com muitas prendas, para poder alegrar um pouco o seu coração e o de seus pais também…
Estes pedaços de escrita são pequenos desabafos de uma pequena grande mulher, uma história veridica do qual me identifico com vários casos e de certeza que você que está a ler também se irá identificar... Espero que goste... Trata de vários assuntos que estão na gíria!