quinta-feira, 23 de julho de 2009

Capitulo II

Depois de vezes sem conta os avós de Carolina deixarem o pai ir novamente viver com eles, houve ainda vezes, muitas vezes que tentaram recomeçar a vida longe da casa dos avós, mas sem sucesso. O António trabalhava muito e Maria também trabalhava o dia todo numa Fábrica de malas na Rua dos Fanqueiros, chegava ao fim do dia exausta e o dinheiro não chegava a todo o lado. Mas Maria e António tentavam dar sempre tudo do bom e do melhor à sua única filha, Carolina, apesar dos problemas financeiros.

António fascinava-se em comprar bonecas à Carolina daquelas que riam e choravam... até pagava a prestações se fosse preciso, mas a sua filha tinha de ter aquelas bonecas que tinham saído à relativamente pouco tempo.

Foi então que decidiram optar por alugar uma parte de casa para puderem de alguma forma arranjar a tal ESTABILIDADE que tanto queriam, foi então que encontraram essa dita parte de casa na Rua Poço dos Negros. mesmo perto da casa da avó, mas as coisas também não foram muito bem sucedidas. Pois a parte de casa que algugaram ao Sr. Manel de ínicio até foi bom mas depois, o senhorio que também lá vivia, levava para lá homens para ter relações sexuais com eles. Num dia Carolina ía a passar para o w.c. quando vui essa cena, e claro como todas as crianças ficou muito fragilizada e fugiu para uma dispensa de vão de escadas a chorar. O pai como era todo impulsivo passou-se e começou a bater no Sr. Manel, foi aí que viemos embora da dita parte de casa, e novamente para casa dos avós que já estavam de braços abertos para nos receber novamente Serra onde tinha campo de futebol e animais de grande porte como ovelhas, carneiros... Era realmente uma casa linda e nova... Acho que essa altura foi a época mais feliz da vida de todos, pois como António tinha nascido na aldeia, identificava-se muito com aquela casa, e de facto na altura em que estiveram lá, não houve discussões nem nada que se parecesse-se. Passaram lá um Natal o pai a cozinhar, sim porque o pai de Carolina cozinhava lindamente, até porque já tinha trabalhado como cozinheiro em vários restaurantes em Santa Apolónia.

Mas como não há bela sem senão... o filho do dono da casa por vezes ía lá para ver a casa e para ficar um dia ou dois no máximo... e foi então que num dia desses encontraram o senhor a drogar-se mesmo ali diante dos olhos de todos. António estava bem calmo e nem zaragatiou, pegou em tudo o que tinha, também era pouca coisa e foram-se embora dali, mas quando se estavam para vir embora com a pouca coisa qque tinham ainda descobriram que tinham-lhes roubado uma serie de loiça que tinham guardado dentro de caixas na garagem, deduzui-se que tinha sido o filho do senhorio a roubar para vender e comprar droga, enfim... outra vez para casa dos avós que novamente estavam prontos para os receber.

1 comentário:

  1. É minha linda amiga... cada ser humano tem um livro a escrever... uns com muitos bons momentos e outros com maus e bons momentos... assim é a vida, uma evolução constante em busca da felicidade, que é um estado de espírito e muitas vezes não descobrimos isso.
    Mas maus momentos devem ser aquelas pedras com que iremos construir nossa castelo.

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